quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Anabela... crime ou suicídio?

À priori, temos de partir do princípio que quer homicídio, quer suicídio, poderá ter ocorrido… No meu entender existem três hipóteses a ponderar de início: a Anabela poderá não ter reagido bem à culpa, ao medo de o noivo saber ou descobrir e à pressão que isto faria sobre si, jogando-se da sua varanda abaixo numa atitude de desespero e desistência; o Tó Jó poderá não ter reagido da melhor forma à rejeição de Anabela, sentindo-se usado, de orgulho ferido e dessa forma atirou-a da varanda abaixo, reagindo de forma impulsiva à recusa que esta fizera de voltar para ele; o bancário poderá não ter aceite o sentimento de desgosto, humilhação, ciúme e traição podendo reagir da pior forma e atirando a Anabela da varanda da sua casa. Três cenários a necessitarem de ser desenvolvidos e investigados para se verificar qual o que ganharia mais consistência… Pela descrição do texto, não há nenhum dado que indique que a Anabela e o Tó Jó sabiam que foram avistados pelo bancário, pelo contrário, logo não existia na Anabela mais essa pressão para ajudar a fortalecer a ideia de suicídio; e também não existem indícios de que ela tivesse tendências suicidas, apenas é relatado que tomou em tempos comprimidos, contudo, apenas com a intenção de chamar a aten do Tó Jó e não com a real ventade de morrer (uma encenação, de certa forma), pelo que, a meu ver, esta hipótese começa a perder consistência já aqui, em detrimento das hipóteses da rejeição ou traição… Não existem elementos descritivos da personalidade dos indivíduos, o Tó Jó e o bancário, nomeadamente em relação ao passado dos mesmos, pelo que, de acordo com o texto disponibilizado até ao momento, parto do princípio que os dois são de igual forma imputáveis, excepto quanto ao motivo e factos relatados. E quanto a estes, quem passou a noite com a Anabela foi o Tó Jó. Pela descrição, essa noite foi longa e muito provavelmente até ao amanhecer; e foi de manhã que o corpo foi encontrado na rua, já cadáver. Se a traição/ciúme do bancário são motivos fortes na ocorrência de casos de homicídio, a rejeição/sentir-se usado/orgulho ferido do Tó Jó também o são… e o que o texto relata coloca-o junto da vítima mais ou menos à hora da morte da mesma. Sendo assim, prevalece a hipótese de homicídio em detrimento da hipótese de suicídio e o meu principal suspeito até ao momento, tendo em conta os dados conhecidos até agora, é o Tó Jó. “Z”

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