segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Homicídio da Anabela

Tó jó, apesar de musculado e se encontrar ainda apaixonado pela Anabela, apresenta uma personalidade triste quanto ao facto de ter sido trocado pelo bancário, mas consciente do papel para a concretização dos seus objectivos e sonhos, por isso, de certa forma conformado. Por sua vez, Carlos Alberto traça-se como uma personagem um pouco contraditória. É mascarado por uma imagem resplandecente de bancário, uma pessoa firme de convicções e uma estabilidade de seguir uma vida sem grandes preocupações. No entanto por pressão, tornou-se numa pessoa diferente do que aparentava, desnorteado e desinteressado pela vida, da maneira como arrancou com o carro e seguiu em alta velocidade.

A hipótese que apresento é a de ter ficado cego com o que viu na discoteca e após ter fugido, voltou atrás e seguiu para casa para tentar perceber os porquês. Talvez tivesse interpretado mal e fabricando todos os filmes, que na sua cabeça o fariam ficar acordado. Surpreendido então com os dois na cama da própria casa que iria partilhar com a futura mulher, surgiram as discussões raivosas, acabando por perder a cabeça e atirando-a da varanda. Como suportar alguém que nos engana assim? Afinal de contas, tinha apostado a vida com uma mulher que a princípio sabia o que queria para si... Não se pode dizer que a morte foi desprevenida, no entanto, Anabela tinha no fundo uma ansiedade, por voltar a ter os braços do Tó Jó em sua volta, o que a levou a fazer a sua própria cama.

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